Artist: Mauro Moraes
chamamecero
com cisco nos olhos
cismas
sistema nosso de casa
cabanha toro passo
feito o carreto
lavando a égua
milonga véia gaúcha
chora gaita véia
em cima do laço
batendo casco
lástima
abrindo cancha
com o violão na garupa
estampa antiga
deixa pra mim
pampa e fronteira
milonga de outras bandas
com todas as letras
campo rimado
de cano cheio
a cusco e mangaço
canção do verde
no osso do peito
o corte
a troco de nada
ao trote do pingo baio
trancando o garrão
milonga abaixo de mau tempo
numa volteada campeira
baldas de campo
na folga o pingo
interioranos
mandando lenha
quando aperto o mate
fulanos e sicranos
flor de trevo
são as armas que conheço
rodada
fronteira seca
milonga pra loco
quieto no meu canto
estância do pessegueiro
retrato gauchesco
de bota e bombacha
milongueando uns troços
ranchitos
tombo e marca
num bolicho da linha melódica
na boca do brete
assim no más
manada
o pago em coplas
tropa mansa
amadrinhando
romance milongueado
palanqueiro
que bueno
num interior de municipio
la pucha que gineteada
melodia e charla
de vida e tanto
eu conheci joão hortacio
a mango e bico de bota
garoa com vento
um gaúcho pega a estrada
metendo chamamê
campo e fé
madrugada posteira
como passa
o meu mouro leva moça
gateado bragado
lá de fora
um milongão dos veiacos
bem campante
estancieiro
não pude mirar teus olhos
numa volta de tropa
cascoteado
entoadas de vento
mouro negro
botando nas rédeas
tudo na alma
cuidando o campo
tempo feio
estrada nova
rincão fronteiro
fim de mês
peleando as chiba
tchau e gracias
por cima da gaita
a boa vista do peão de tropa
ponteio de prosa
estampa de peão campeiro
latinamente só
de uruguaiana a santana
cavalos de muda
fim de mês e romance costeiro
É quase um verso de amor
Crecente macharrona
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